Com 46 reedições foi um dos livros mais vendidos do século XX
Em 1905, Portugal conhecia, com espanto e admiração, a primeira de muitas edições de Palavras Cínicas, um dos livros mais vendidos do século XX. A crónica de crítica social catapultou-o para a fama e aquando da morte do Autor, o livro já contava com 46 edições. Em apenas 100 páginas, o Autor destrói o amor, a família, a religião. Quem consegue ficar indiferente a tamanha língua viperina?
A publicação das oito cartas que compõem este livro daria origem a um leque de reacções, do aplauso fervoroso à condenação feroz. O pessimismo e a mordacidade da voz de Albino Forjaz de Sampaio atingiram de forma certeira algumas das fundações do edifício português: o clericalismo enfatuado, a moral balofa, o populismo sabichão. Mais de cem anos depois, encontrarão estas cartas os mesmos destinatários?