Três diferentes épocas históricas unidas pelo mesmo traço de amor e erotismo
Manuscritos dos séculos XV e XVIII – achados no Rio de Janeiro durante as obras para os Jogos Olímpicos de 2016 – revelam his¬tórias muito fora da versão habitual, aliás, como o próprio casal de pesquisadores que trabalhou os documentos, cujo percurso está tatuado pelas grandes turbulências do sé¬culo XX e deste pedaço do XXI. Na soma, isto aqui cru¬za três épocas e atravessa três continentes, mas não é um livro de viagens. Por aqui andam homens e mulheres a camuflar-se em defesa de ideias sob cerco ou apenas para viverem amores intensos sob ameaça de excomunhão, on¬tem religiosa, hoje identitária. Roteiros no extremo, a fim de abrir caminho, isso sim. De Ceuta a Tomboctu, de Benguela ao Rio, pela Amazó¬nia, por Bordéus, por Lisboa, por Luanda, pelo Sahel, ares, mares, dunas, flores¬tas e savanas. A vida no risco permanente e, mesmo assim, não querem mudar de vida.